segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"Coração de Porco"

"Quando retornou das abstinências do hipnotismo, encontrava-se já à mesa, tonta mas com uma sensação de aconchego no peito. Era, no fundo, o que trazia todas as pessoas àquele local: a magia de renovar o órgão primeiro, o bombeador de sensações, a casa mais íntima de um ser humano. — Não fale. Poupe as forças — disse o velho. Quando, no fim da refeição, voltou a fazer um chá, começou:— Leve isto consigo — entregou-lhe um pequeno aglomerado de folhas, escrito à mão num cuidadoso latim. — Vai servir-lhe para ser feliz! — E o que é? — a mulher, sensível, curiosa. — Todos os meus apontamentos sobre a sensibilidade dos porcos. O que é dizer: você é a primeira pessoa a levar um coração com o respectivo manual de felicidade."

Hoje sou há 500 anos.

À descoberta de um mundo novo.

E encontrei ouro.


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